domingo, 20 de novembro de 2016
segunda-feira, 30 de maio de 2016
"Deus também é Mulher!"
Da série: "O vendedor de livros"
Eu estava vendendo meus livros na rua.
Em um momento, juntou um grupo de meninos.
Senti que eles estranhavam - e ironizavam - minhas roupas coloridas.
Cantei:
Ser um homem feminino
não fere o meu lado masculino.
Se Deus é menina e menino,
sou o masculino-feminino!
Um dos meninos disse que Deus não podia ser menina.
Deus era Homem!
Eu disse que Deus era uma grande sacola
de onde tudo tinha vindo.
Um dia, as coisas que existiam dentro da sacola
sentiram uma vontade muito grande de nascer.
A vontade foi tão grande que a sacola explodiu!
E foi assim que tudo nasceu...
Contei essa história e acrescentei:
"Deus é uma sacola
e a palavra "sacola" é feminina.
e a palavra "sacola" é feminina.
Portanto... Deus também pode ser Mulher!"
Os meninos ficaram pensando...´
Eu também!
Pensei na força que uma história pode ter
ao trazer imagens que questionem "verdades absolutas",
que afirmem outras lógicas, sensibilidades, possibilidades...
que afirmem outras lógicas, sensibilidades, possibilidades...
sexta-feira, 27 de maio de 2016
"Prestação de contas"
Clarice Lispector dizia que era “pessoa muito ocupada”, pois tomava conta do mundo. Só não sabia a quem prestar contas...
Eugênio Barba, na sua “Carta ao ator D.” escreveu que cada representação poderia ser a última e que o ator deveria considerá-la como "sua possibilidade de reencontrar-se, dirigindo aos outros a prestação de contas de seus atos, seu testamento”.
Estou aqui prestando contas, meu testamento vivo!!!
Prestar contas é minha “servidão voluntária”, que eu escolho fazer em forma de poesia.
Não poesia-literária, somente...
POESIA-ARTE!!! POESIA-VIDA!!!
quinta-feira, 26 de maio de 2016
Carta ao ator D. (Eugênio Barba)
Alguns trechos da Carta ao
ator D.,
de Eugênio Barba:
“Deve aceitar que tudo no que você acredita,
no que você dá
liberdade e forma no seu trabalho,
pertence à vida e merece respeito e proteção.
[...]
Isso pressupõe coragem:
a maioria das pessoas não têm necessidade de nós.
[...] Seu trabalho
é uma forma de meditação social sobre si mesmo,
sobre sua
condição humana numa sociedade
e sobre os acontecimentos de nosso tempo
que
tocam o mais profundo de si mesmo.
Cada representação neste teatro precário,
que se choca contra o pragmatismo cotidiano,
pode ser a última.
E você deve
considerá-la como tal,
como sua possibilidade de reencontrar-se,
dirigindo aos
outros a prestação de contas de seus atos,
seu testamento”.
quinta-feira, 19 de maio de 2016
Ministério da Cultura - MinC
Nestes dias sombrios,
resgato essas palavras de Gilberto Gil
quando assumiu o Ministério da Cultura em
2003:
“Quero o Ministério
presente em todos os cantos e recantos de nosso país. Quero que esta aqui seja
a casa de todos os que pensam e fazem o país. Que seja, realmente, a casa da
cultura brasileira. E o que entendo por cultura vai muito além do âmbito
restrito e restritivo das concepções acadêmicas, ou dos ritos e da liturgia de
uma suposta ‘classe artística e intelectual’. [...] Cultura como usina de símbolos
de um povo. Cultura como conjunto de signos de cada comunidade e de toda a
nação. Cultura como o sentido de nossos atos, a soma de nossos gestos, o senso
de nossos jeitos.
[...] O Estado
não deve deixar de agir. Não deve optar pela omissão. Não deve atirar fora de
seus ombros a responsabilidade pela formulação e execução de políticas
públicas, apostando todas as suas fichas em mecanismos fiscais e assim
entregando a política cultural aos caprichos do deus-mercado. [...] O mercado
não é tudo. Não será nunca.
[...] A
multiplicidade cultural brasileira é um fato. Somos um povo mestiço que vem
criando, ao longo dos séculos, uma cultura essencialmente sincrética. Uma cultura
diversificada, plural, mas que é como um verbo que é conjugado por pessoas
diversas, em tempos e modos distintos.
[...] Aqui
será o espaço da experimentação de rumos novos. O espaço da abertura para a
criatividade popular e para as novas linguagens. O espaço da disponibilidade
para a aventura e a ousadia. O espaço da memória e da invenção”.
Enquanto isso, na Idade Média...
"Excomungado e vilipendiado pelas autoridades civis e eclesiásticas, o ator, com sua inesgotável arte de fabular, escondendo-se pelas praças e pelas cortes, pelos castelos e, inclusive, pelas igrejas, vai preservar sub-repticiamente a semente imorredoura do teatro".
(Ênio Carvalho - História e formação do ator)
terça-feira, 29 de março de 2016
histórias do vilarejo: o vendedor de livros
LIVRO:
"HISTÓRIAS DO QUINTAL LÁ DE CASA"
Texto: Ricardo Ribeiro
Ilustrações: Vera Gomes
Quem tiver interesse em adquirir o livro,
é só entrar em contato comigo pelo email:
ri_arte@yahoo.com.br
Mais informações sobre o livro podem ser encontradas aqui:
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