sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Histórias do quintal lá de casa


Este é o meu primeiro livro infantil.
Digo "primeiro" com o desejo de que muitos outros nasçam!
Nascerão!!!

Este aqui nasceu assim:

Em 2012
- lembra aquele ano em que diziam que o mundo ia acabar? -
Pois é... 
Na noite do dia 12/12/2012,
eu estava deitado na cama, com a luz apagada, quase dormindo...
... quando começaram a vir na minha mente 
algumas cenas da minha infância.
Foi uma conexão muito forte e direta com o meu menino, 
como eu não sentia há muito tempo.

Levantei da cama, acendi a luz do quarto, 
peguei caderno, caneta
e escrevi a primeira versão das

"Histórias do quintal lá de casa".

Mostrei o livro para a artista têxtil Vera Gomes, 
criadora do Ateliê Pano Encantado, em São Paulo.
Ela gostou bastante, lembrou de suas próprias histórias
e topou a aventura de fazer as ilustrações,
utilizando bordados, aplicações de tecidos e outras técnicas 
que materializaram em panos e linhas
as imagens do meu quintal...

Em seguida, foi elaborado o projeto gráfico do livro,
pela arte e sensibilidade de Priscila Justina, da Pi Editorial.

Foram dois anos de persistência até o livro estar pronto.
Por fim, só faltava publicar.
Decidi publicá-lo de forma independente,
seguir o caminho artesanal com que ele tinha sido gerado.

E foi assim que este livro nasceu!!!

Um livro com algumas de minhas histórias de menino,
vividas no quintal da casa onde eu morava,
meu mundo mágico, meu reino encantado.

Um livro sobre o sentimento de ser criança,
de viver em um estado constante de curiosidade, magia, encantamento,
guiado por uma imaginação fértil, aberta, ativa...

Um livro também sobre o conflito 
entre essa forma lúdica de ser
e a praticidade do mundo adulto.

Quem se interessar pelo livro e quiser adquiri-lo, 
basta entrar em contato comigo pelo email: 

ri_arte@yahoo.com.br

Quem se interessar em conhecer melhor 
o trabalho da Vera Gomes e seus panos encantados,
acesse sua página no facebook: Ateliê Pano Encantado-Oficial


Por fim,
quem quiser comentar, fazer perguntas ou interagir com a postagem,
é só deixar um comentário abaixo.

Obrigado!!!



sexta-feira, 10 de outubro de 2014

X Festival "A arte de Contar Histórias" em SP

Entre os dias 11 e 19 de outubro de 2014
acontecerá em São Paulo a 10a. edição do
FESTIVAL  A  ARTE  DE  CONTAR  HISTÓRIAS,
com uma ampla programação espalhada por toda a cidade.


A programação completa do Festival pode ser acessada no seguinte endereço:
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bibliotecas/noticias/?p=16188

Participarei do Festival propondo a oficina
CONTOS DE GENTE
- a arte de contar as próprias histórias -
incluída dentro da programação de oficinas básicas, destinadas a proporcionar
uma primeira experiência com a narrativa e o resgate da memória oral.

A oficina terá como foco as histórias de vida dos próprios participantes
e acontecerá nos dias 13, 14, 15 e 16 de outubro, das 18:30h às 21:30h,
na Biblioteca Belmonte, localizada na Rua Paulo Eiró, 525 - Santo Amaro.
Tel: (11) 5687.0408 / 5691.0433.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

HORIZONTE ABERTO - performance musical

Fotos da performance musical HORIZONTE ABERTO
Abertura do III Colóquio de Estudos Foucaultianos - UECE (Fortaleza)






Pessoas queridas do GEF
- Grupo de Estudos Foucautianos da UECE -
que organizaram e estavam presentes
no primeiro dia do Colóquio:





quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Setembro artístico!

Estamos em setembro - mês em que nasci!!!
Para comemorar, dias bem artísticos em Fortaleza.
Quero vivê-los como dias intensos de brincar,
dessa brincadeira tão boa que é criar!

Cantar, tocar, buscar sonoridades,
dialogar ondas musicais, ondas do ser...
do estarmos juntos, compartilhando um momento.
Diferentes momentos.

Falar, contar,
lembrar, inventar,
viver...


Sábados:
20/09 às 15h
27/09 às 14h
História "O dia em que as cores foram proibidas"
Centro Cultural Banco do Nordeste - Fortaleza



Você já imaginou um mundo sem cores? Ou um mundo de uma cor só, onde tudo tivesse que ser cinza? Pois foi isso o que aconteceu certo dia, num país que sempre tinha sido tão colorido e feliz. Foi no dia em que um rei mau decidiu que todas as cores estavam proibidas.

Esse é o ponto de partida para a história que vou contar este mês no CCBNB. A história é inspirada no livro "Quando as cores foram proibidas", da escritora alemã Monika Feth, tem 40 minutos de duração e é voltada para públicos de todas as idades.

20/09 - 15h - Biblioteca do CCBNB
27/09 - 14h - Auditório do CCBNB

CCBNB - Fortaleza
Rua Conde D'Eu, 560 - Centro.


*          *          *

Dia 18, às 18h
Conferência e música no evento
"Jangadeiros: entre canções, narrativas e embarcações"
- Homenagem a Dorival Caymmi -
(UECE)




Nesse evento, apresentarei algumas experiências que vivenciei ao utilizar canções de Dorival Caymmi para contar uma história real sobre jangadeiros cearenses, a partir das pesquisas da historiadora Berenice Abreu.

Ainda nesse evento, integrarei o grupo musical "Vozes do Mar", com as queridas Berenice Abreu, Mary Pimentel, Socorro Barreira e com Eduardo Holanda ao violão. No repertório, canções praieiras de Dorival Caymmi.


*          *          *


Dia 16, às 18:30h
Apresentação musical "Horizonte aberto"
na abertura do III Colóquio de Estudos Foucautianos (UECE)

Site do evento: http://uece.br/eventos/coloquiodeestudosfoucaultinos/

No repertório,
canções de Ceumar, Zélia Duncan, Atahualpa Yupanqui, Caetano Veloso
y de mi propia autoria, por supuesto...

A abertura do Colóquio acontecerá no Auditório Castelo Branco do IFCE
Av. 13 de maio, 2081 - Benfica.

*          *          *

Nesses momentos,
estarei vendendo meu CD
Sonhos de um caminhante


e meu livro
Criações cênicas e atuação com canções, poemas e histórias



Mais informações sobre o CD, acesse

Sobre o livro,


Nos vemos!!!

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Formação de professoras: Sentidos e desdobramentos da leitura

Compartilho aqui algumas fotos
de uma oficina sobre sentidos e desdobramentos da leitura
(incluindo a arte de contar histórias)
que realizei com educadoras do Colégio Diocesano, em Mossoró.
Foram momentos muito gostosos:
roda de conversas, memórias, serestas, brincadeiras, risadas e algumas lágrimas...


   

   
      

Mais fotos e informações podem ser encontradas no endereço:
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.812499518790863.1073742014.249628395077981&type=1

sábado, 26 de julho de 2014

II Semana de Arte-Educação UERN

Atividades de lançamento do meu livro
durante a II Semana de Arte-Educação da UERN (Mossoró - RN):


 



22 de julho
show
HORIZONTE ABERTO

No repertório, canções de minha autoria e de Milton Nascimento, Atahualpa Yupanqui (Argentina), Zélia Duncan, Marisa Monte, Mazinho Viana e Zeca Baleiro. Dialogando com as canções, o texto-reflexão "A utopia" (Fernando Birri / Eduardo Galeano) e algumas pinceladas da história "O dia em que as cores foram proibidas", da escritora alemã Monika Feth.


Foto: Ana Meyre, que também expôs suas telas na exposição da Semana.



23, 24 e 25 de julho
oficina
CONTOS DE GENTE: A ARTE DE CONTAR AS PRÓPRIAS HISTÓRIAS


As fotos da oficina podem ser acessadas nesse endereço:

sábado, 17 de maio de 2014

Boca do Céu - Encontro Internacional de Contadores de Histórias

 

Lançamento do meu livro
Criações cênicas e atuação com canções, poemas e histórias
e apresentação do relato "Em busca de outras histórias",
sobre a experiência de contar histórias reais
(no caso, a história de quatro jangadeiros cearenses)
durante o Boca do Céu 2014.

 

Mais informações sobre o relato:
http://caminhantelivro.blogspot.com.br/2014/04/relato-de-experiencias-no-boca-do-ceu.html

quinta-feira, 24 de abril de 2014

"Paixões de Cristo" - um olhar crítico

Eu conversava com um amigo que faz parte do grupo de jovens de uma igreja de seu bairro. Ele me contava como havia sido a encenação da Paixão de Cristo e enfatizava detalhes do cenário grandioso e da caracterização física dos personagens, incluindo a maquiagem e os figurinos. Em certo momento, perguntou se eu teria interesse em contribuir com o grupo, oferecendo alguma formação técnica ligada à atuação.

Como ex-aluno de um colégio católico (um colégio de freiras), desde criança convivi com a hipocrisia e o abuso de poder dessa instituição. Lembro-me, por exemplo, de uma freira que dava aulas de Religião (a religião católica, é claro...) e que, certo dia, determinou que todos os alunos escrevessem uma oração para Jesus Cristo. Detalhe: a oração valeria nota!

Ao ouvir o convite do meu amigo, tive um primeiro impulso de mentir, inventar alguma desculpa, alegar falta de tempo ou algo do tipo. Mas resolvi entrar de verdade, com verdade, nessa conversa. Respondi que eu era muito crítico em relação à Igreja Católica e ao uso que ela fazia (e continua fazendo) do teatro. Lembrei o processo de colonização que o Império Português havia imposto aos povos indígenas que já habitavam estas terras antes delas receberem o nome de “Brasil”


– colonização que teve como um de seus principais pilares a catequização indígena realizada pelos jesuítas, sobretudo por meio do teatro – e comentei a visão do escritor indígena Kaká Werá Jecupé sobre o teatro jesuíta:

Na minha percepção, tão terrível quanto a guerra e quanto a doença trazidas do outro lado do oceano e quanto a escravidão, foi para os povos indígenas o teatro. Uma guerra acaba com os corpos, mas a alma continua. Uma doença provoca muitas vezes a dizimação de famílias, de tribos, mas o espírito continua. Mas o teatro que fizeram no passado não acabou com os corpos, acabou com muitas almas. O teatro desestruturou cosmovisões ancestrais, valores ancestrais, valores sagrados. Ele desestruturou o modo de pensar e o modo de os índios se relacionarem com a realidade, em nome de uma suposta verdade maior. Isso foi chamado de catequização. (WERÁ, 2011, p. 68)

Por meio do teatro, os pajés se tornaram diabos e os líderes indígenas e sua sabedoria se tornaram demônios. Peguem os textos de José de Anchieta do século XVI, que vocês vão ver os personagens que há lá. Aimberê, o grande demônio, Cunhambebe, o próprio Satã, e assim vai. Os autos de José de Anchieta conseguiram colocar a ideia do mal e do bem dentro de uma cultura onde isso praticamente não existia. E, mais que isso, as peças que eram representadas, com o passar do tempo, faziam com que os guaianás apagassem sua memória e os convenciam de que suas próprias visões, seus próprios valores estavam errados, seu modo de ser estava errado. (WERÁ, 2011, p. 69)



Por tudo isso, complementei, não me interessava levar ferramentas técnicas para contribuir com um teatro que, de certa forma, representa a continuidade do teatro jesuíta e seu objetivo de evangelização.

No entanto, consciente de que dentro da Igreja existem alas mais libertárias, eu disse a meu amigo que eu concordaria em conversar com o grupo de jovens se houvesse espaço para refletirmos de forma crítica sobre todas essas questões. Nesse sentido, lembrei da proposta de “Teatro-Bíblia” que Augusto Boal descreveu na década de 70 em seu livro Técnicas latino-americanas de teatro popular – uma proposta que buscava apresentar a figura de Jesus Cristo como um revolucionário de seu tempo, um homem que questionava o poder, a desigualdade e o preconceito, e que por isso mesmo havia sido crucificado:

Procura-se oferecer, através do teatro, uma visão “histórica” das atividades de Jesus, certamente cheias de significado político [...], um aspecto que normalmente não se leva em conta. [...] Que faria Jesus se vivesse hoje, historicamente, entre nós – ele que viveu num país ocupado pelo imperialismo, neste caso, o romano? Como lutou pela libertação do seu povo? Como organizou esse povo? Não apenas a vida de Cristo, mas também toda a Bíblia, não apenas o Novo, mas igualmente o Antigo Testamento, estão cheios de exemplos de lutas heroicas pela liberdade. [...] Sendo Jesus tão persuasivo nas suas prédicas, até aqueles que não viam a necessidade de combater o imperialismo romano, depois de ouvi-lo, curavam-se da cegueira. Eram tão eficazes suas palavras que aqueles que viam essa necessidade, mas, como se fossem paralíticos, nada faziam e se justificavam de todas as maneiras possíveis, até esses começavam a fazer o que deviam. E para o cúmulo, aqueles que já estavam mortos para a causa da luta anti-imperialista, esses ressuscitavam e lutavam. Essas são traduções possíveis da fábula. (BOAL, 1979, p. 63 – 64)


Para minha surpresa – alegre surpresa – meu amigo me disse que os integrantes do grupo eram muito abertos a propostas desse tipo e que há alguns anos atrás haviam encenado uma versão nada convencional da Paixão de Cristo, mostrando Jesus como um presidiário em sua relação com a sociedade e o sistema carcerário. Imaginei que essa leitura tão contemporânea não deve ter caído nas graças do público e pensei na coragem dos que buscam fazer arte não para reafirmar éticas e estéticas já digeridas, mas para propor outros olhares, reflexões, experiências, mesmo correndo o risco de desagradar – como, aliás, foi o caso de Jesus...

Enfim, não sei como essa história vai continuar. Pode ser que o grupo se interesse mais por um professor que ensine técnicas de atuação, sem grandes questionamentos éticos. Isso é comum nas próprias escolas de teatro... De minha parte, senti que o “não” inicial ao convite de meu amigo se abriu como uma possibilidade curiosa e não-ingênua de ir até esse grupo e perceber como essas questões poderiam (podem) reverberar. Vamos ver o que acontece...

Referências bibliográficas:

BOAL, Augusto. Técnicas latino-americanas de teatro popular. São Paulo: Hucitec, 1979.

WERÁ, Kaká. O poder do teatro e as táticas de resistência. In: PARDO, Ana Lúcia (org.). A teatralidade do humano. São Paulo: Edições SESC-SP, 2011, p. 68 a 76.

domingo, 6 de abril de 2014

Livro, poesia e canção na rádio!


Fortaleza, 6 de abril de 2014

Participação poético-musical, conversa muito gostosa
e apresentação do meu livro
no programa "A voz da comunidade" (Rádio Fortaleza FM)
apresentado pelo poeta Carlos Arruda, integrante do coletivo Templo da Poesia.




       

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Criações cênicas e atuação com canções, poemas e histórias


Este é o meu primeiro livro publicado, uma grande alegria!!!
É a minha pesquisa de Mestrado, realizada entre 2009 e 2011 
no Programa de Pós-graduação em Artes da UNESP 
com orientação da professora Berenice Raulino.



A pesquisa tem um caráter autobiográfico. Nela, reflito sobre um tipo de atuação cênica que passou a me interessar (e que eu passei a realizar) a partir de 2001; uma atuação que combina elementos do ofício do ator, do músico, do contador ou cantador de histórias e do recitador de poemas.

Nesse caminho, colecionei experiências, descobertas, limites, perguntas - um bom ponto de partida para pesquisar. Encontrei também alusões a ofícios milenares, de diferentes culturas, que têm como matéria-prima a palavra, seja ela falada ou cantada; uma palavra que expressa os repertórios poéticos, narrativos e musicais de seus povos.

Desses ofícios, destaquei os griots africanos e os jograis/menestréis/trovadores medievais, vendo-os como trabalhadores da palavra e da música, portadores e (re)criadores de memórias e imaginários. Estudei aspectos históricos, culturais, éticos e estéticos desses ofícios, apresentando-os em dois capítulos do livro: "Griots africanos: os artesãos da palavra" e "A poesia itinerante dos jograis medievais europeus".

Desde o início, meu objetivo era integrar teoria e prática. Assumindo a postura de "artista-pesquisador", aliei os estudos teóricos a experimentos práticos, que resultaram em duas criações cênicas: o espetáculo O caçador de raízes e a narrativa poético-musical A viagem dos pescadores. Essas criações foram apresentadas de forma itinerante em São Paulo, Minas Gerais e no Chile, e geraram outros dois capítulos do livro, dedicados à sistematização dos processos de criação e das apresentações / intervenções realizadas.


Penso que o livro pode interessar mais diretamente a artistas cênicos (atores, contadores e cantadores de histórias, músicos, poetas e recitadores de poemas, performers, artistas de rua, dramaturgos, encenadores), além de educadores, arteterapeutas e pesquisadores das áreas das Artes, Literatura, História, Sociologia da Arte e Antropologia.


O valor do livro é R$ 25,00. Se você tiver interesse em adquiri-lo, entre em contato comigo pelo email: 

ri_arte@yahoo.com.br

Para informações mais detalhadas sobre o livro, acesse o seguinte endereço:





quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Rodas de sons e gente!!!




No dia 19 de janeiro de 2014, dei aula de música na disciplina Teatro, música e dança do Curso de Especialização em Arteterapia da UNIP.

Uma das vivências que realizamos foi um trabalho que tenho chamado de "rodas de sons": com instrumentos musicais e fontes sonoras diversas, uma parte do grupo faz sons para a outra (deitada ao centro de olhos fechados), despertando sensações, imagens e memórias que são posteriormente trabalhadas por meio de outras linguagens artísticas, como o desenho, ou compartilhadas pela fala.

É surpreendente como essas rodas, bem como os sons e as imagens que delas brotam, quase sempre remetem ao imaginário que temos sobre os povos indígenas, sobre um modo de viver mais comunitário e integrado à natureza!

Aqui vão algumas fotos da aula.






Mais informações sobre os cursos de Arteterapia e Mitologia da UNIP,
acesse seguinte endereço: