terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Ser pássaro ou ser árvore?

Muitas vezes senti um dilema
entre ser pássaro,
voando livremente pelos horizontes,
e ser árvore,
um ser enraizado, ligado fortemente a algum lugar no mundo.

Essas imagens sempre me pareceram tão bonitas
e tão opostas!

Mas talvez elas não sejam tão opostas assim...



segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O que canta o passarinho?

Não compartilho a ideia de que a humanidade é uma praga,
mas esse quadrinho realmente me tocou.
O que canta um passarinho quando preso? Quando livre?...

domingo, 11 de novembro de 2012

"Sonhos de um caminhante" na Praça do Cordel (Bienal do Livro do Ceará)

Bordado e fotografia: Vera Gomes
(www.panoencantado.blogspot.com.br) 

Por que será que, muitas vezes, parece mais fácil imaginar o fim do mundo do que acreditar que é possível melhorá-lo? Será que estamos perdendo nossa capacidade de sonhar? E não será esse um dos principais papeis da arte: o de nos lembrar a importância de sonhar, semear novos olhares e horizontes, novas possibilidades para o mundo em que vivemos?

São esses os questionamentos que levaram à criação deste espetáculo poético-musical, que entrelaça dois cordéis do poeta mossoroense Antônio Francisco, um conto da tradição oral africana, canções de minha própria autoria, de domínio público e de compositores brasileiros como Arnaldo Antunes, Marisa Monte, Zé Geraldo, Beto Guedes e Raul Seixas, entre outros, além de canções chilenas de Victor Jara e do grupo Los Jaivas.

"Sonhos de um caminhante" vem sendo apresentado em escolas e espaços culturais, e integrou a programação da Praça do Cordel, durante a X Bienal Internacional do Livro do Ceará, com apresentações nos dias 9 e 11 de novembro de 2012.

Abaixo, algumas fotos da apresentação, tiradas por Márcio Costa.


O palco estava decorado com uma xilogravura homenageando Luiz Gonzaga.

Momento especial: em meio à minha canção "Passarinho livre",
nossos olhares foram atraídos para um casal que começou a dançar...

Ednardo e Mariah...

Foi bonito quando, ao final da canção,
que fala de liberdade e de encontrar o próprio caminho,
Mariah disse: - Eu encontrei o meu!
Caminho de dança e de poesia...


Agradeço aos poetas Paiva Neves e Klévisson Viana por abrirem o espaço.
E a todos e todas que estiveram por ali
e com quem pude dialogar por meio de canções e cordéis!
Até a próxima!!!

domingo, 2 de setembro de 2012

A arte de ouvir e contar histórias (UNIP)

Em setembro de 2012, fui convidado para ministrar uma aula na disciplina "A arte de ouvir e contar histórias: o poder da palavra oral e escrita" no Curso de Especialização em Mitologia Criativa, Contos de Fada e Psicologia Analítica da UNIP-SP.


Turma 2012 - 2013

A primeira coisa que me chamou a atenção foi a presença do verbo "ouvir" no título da disciplina: o ouvir como uma arte tão importante quanto o próprio contar. Isso me fez lembrar do que o griot Hassane Kouyaté disse na oficina "Iniciação ao conto", durante o IV Boca do Céu - Encontro Internacional de Contadores de Histórias (São Paulo, maio de 2010): "muitas vezes escutar é um ato mais generoso do que contar; a mão que recebe quase sempre está um pouco mais abaixo da mão que dá".

Nessa mesma oficina, Hassane aconselhou aos contadores algumas "perguntas importantes":
  • quem sou eu?
  • por que quero contar?
  • que tipo de contos posso carregar?
  • para que pessoas quero dar esses contos?
  • em que lugar?
  • que meios tenho para contar?

Inspirado nessas perguntas e em vivências sobre experiências significativas, propus que cada participante lembrasse de um contador de histórias marcante em sua vida (incluindo o tempo presente): quem era? que tipo de histórias contava? em que momentos? o que usava para contar? o que essas histórias provocava?

Cada um lembrou, contou e ouviu. Todos nós, contadores e ouvintes. Os relatos trouxeram tantos tipos de histórias, contadas com recursos tão variados, em contextos tão diversos! Nesse sentido, considero a própria história de vida como o primeiro repertório de todo contador de histórias; a fonte principal de onde emergem suas motivações, novos repertórios e, inclusive, os recursos expressivos que ele tem para contar.

Considero também que contribuir para a formação de um contador de histórias não é enchê-lo friamente de técnicas e repertórios, e sim sensibilizá-lo para perceber as histórias que já permeiam sua memória, seu imaginário, bem como os recursos que já possui (ou tem vontade de aprender), em sintonia com sua própria expressão, sua comunicação, a relação que estabelece com a história contada e com o público com que deseja dialogar.

Lembro também do músico e narrador canadense Robert Seven Crows que, na oficina "A tradição oral de contar histórias", disse que contar histórias era algo muito simples, e que muitos contadores  se esqueciam justamente do mais simples: respirar e olhar nos olhos das pessoas.

Para refletirmos sobre o poder da palavra oral, e também sobre interesses políticos que há séculos tentam calar e menosprezar tantas culturas orais, assistimos ao vídeo Mbarata - a palavra que age, de Edgar Teodoro da Cunha, Gianni Puzzo e Spensy Pimentel.

"E diziam os mais antigos: 'O que sabemos é um para o outro'".

"E assim acontece com todas as palavras que pronunciamos".

O vídeo pode ser assistido no endereço abaixo:


Para informações sobre os cursos de Arteterapia e Mitologia da UNIP,
acesse o seguinte endereço:


sexta-feira, 1 de junho de 2012

Rompendo muros

Grafites do artita inglês Bansky,
no Muro da Vergonha, entre Israel e Palestina.