quinta-feira, 19 de maio de 2016

Ministério da Cultura - MinC

Nestes dias sombrios,
resgato essas palavras de Gilberto Gil 
quando assumiu o Ministério da Cultura em 2003:

“Quero o Ministério presente em todos os cantos e recantos de nosso país. Quero que esta aqui seja a casa de todos os que pensam e fazem o país. Que seja, realmente, a casa da cultura brasileira. E o que entendo por cultura vai muito além do âmbito restrito e restritivo das concepções acadêmicas, ou dos ritos e da liturgia de uma suposta ‘classe artística e intelectual’. [...] Cultura como usina de símbolos de um povo. Cultura como conjunto de signos de cada comunidade e de toda a nação. Cultura como o sentido de nossos atos, a soma de nossos gestos, o senso de nossos jeitos.

[...] O Estado não deve deixar de agir. Não deve optar pela omissão. Não deve atirar fora de seus ombros a responsabilidade pela formulação e execução de políticas públicas, apostando todas as suas fichas em mecanismos fiscais e assim entregando a política cultural aos caprichos do deus-mercado. [...] O mercado não é tudo. Não será nunca.

[...] A multiplicidade cultural brasileira é um fato. Somos um povo mestiço que vem criando, ao longo dos séculos, uma cultura essencialmente sincrética. Uma cultura diversificada, plural, mas que é como um verbo que é conjugado por pessoas diversas, em tempos e modos distintos.

[...] Aqui será o espaço da experimentação de rumos novos. O espaço da abertura para a criatividade popular e para as novas linguagens. O espaço da disponibilidade para a aventura e a ousadia. O espaço da memória e da invenção”.

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